Brasília, 10 de novembro de 2015 – As atividades vulcânicas em Io, um dos satélites naturais do planeta Jupiter, são o objeto de estudo de doutorado em geofísica espacial no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), de São José dos Campos (SP), realizado pela astrônoma Fabíola Magalhães.
O curso inclui a experiência de um ano, patrocinada pelo programa Ciência sem Fronteiras (CsF), no Laboratório de Propulsão a Jato (JPL, na sigla em inglês), um dos centros de estudos da Agência Espacial Norte-americana (Nasa), na cidade de Pasadena, na Califórnia.
Fabíola é orientada pela também brasileira Rosaly Lopes, que hoje comanda o núcleo de Ciências Planetárias do JPL, com 100 profissionais sob sua supervisão. Ela é a pessoa que descobriu a maior quantidade de vulcões em atividade em Io. Ao todo são 71, conforme registrado na edição de 2006 do Guinness Book.
Localizado a 800 milhões de quilômetros da Terra, Io é pouco maior que a nossa lua. Tem 4,5 bilhões de anos e se destaca por ser o corpo celeste mais avermelhado do sistema solar. Io está no meio de um cabo de guerra entre Júpiter e seus outros satélites. O efeito gravitacional deles acaba fazendo com que a superfície do satélite fique num estica e puxa permanente. E essa movimentação termina gerando calor e resulta em vulcanismo.
O estudo vai além. Essas erupções expelem partículas que a atmosfera de Io não tem como segurar e que, por isso, acabam escapando para o espaço. Elas formam um cinturão de matéria ao redor de Júpiter, também conhecido como toroide de plasma.
O que Fabíola quer entender é como a atividade vulcânica de Io afeta essa estrutura. “Quanto mais soubermos sobre isso, melhor compreenderemos o sistema como um todo”, resume a cientista.
Fonte: Com informações da Revista Veja
Ilustração: Divulgação/Nasa – A lua Io ao redor do planeta Júpiter.
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