Brasília, 12 de novembro de 2015 – O Brasil é um dos integrantes do consórcio de 11 instituições internacionais que viabilizou a construção do Telescópio Gigante de Magalhães, cujo início das obras foi feito ontem (11) pela presidente do Chile, Michelle Bachelet. O Telescópio, apontado como o maior do mundo, começa a operar em 2021.
“Trata-se de um projeto que marcará o desenvolvimento da astronomia nacional. É um processo significativo, as dificuldades foram superadas e tudo valeu a pena, já que atenderemos novas capacidades de observação. Uma janela se abre ao conhecimento”, disse a presidente.
De acordo com ela, “a astronomia é uma ciência de longo prazo e o país seguirá no caminho das surpresas que o universo oferece e todas as iniciativas são bem-vindas pensando no desenvolvimento dos cientistas e futuros astrônomos chilenos”.
A cerimônia, realizada no topo do observatório Las Campanas na região de Coquimbo, no norte do Chile, teve a presença de autoridades e cientistas ligados ao consórcio internacional, que comprometeram mais de US$ 500 milhões para o projeto.
O telescópio produzirá imagens dez vezes mais nítidas que as que do Telescópio Espacial Hubble e responderá perguntas importantes da cosmologia, da astrofísica e do estudo dos planetas fora de nosso sistema solar.
A planta do telescópio combina sete dos maiores espelhos que podem ser fabricados, cada um de 8,4 metros de largura, para criar um só telescópio efetivo de 25 metros de diâmetro.
“Será preciso um enorme trabalho na fase de design do projeto e do desenvolvimento dos espelhos gigantes, que são o coração do telescópio. Os maiores desafios técnicos já foram dominados e esperamos para poder juntar os componentes do telescópio no cume da montanha”, disse o presidente interino de projeto, Patrick McCarthy.
O novo telescópio também permitirá caracterizar planetas orbitando em torno de outras estrelas, ser presenciar a formação antecipada de galáxias e estrelas e ter evidência da matéria escura e da energia escura.
O Deserto do Atacama, onde fica o equipamento, é o mais árido do mundo e conhecido por seus céus nítidos, escuros e de uma qualidade de imagem excepcional.
Fonte: Site da Agência Espacial Brasileira (AEB)
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